sábado, 11 de julho de 2009


Trópicos de Aquário


Cascatas de luz em espiral
Com olhos de lagoa, ao chão
Servidos de forma parcimonial
Eu e o leão, a águia e o cão

Céu laranja, florestas equinociais
Matas azuis, rasas e gigantes
No carpete da sala de seus pais
Monto ácaros, tal como elefantes

Um belo arco íris como clichê
Informo à lua que não estou mal
Bebo a loucura em forma de saquê
Retiro do sangue o gosto fatal

Cena zero: Caindo no abismo
Sem exclamação, ponto ou trema
Mergulho no nada fazendo turismo
Sem risco de estragar o poema

Ricardo Villa Verde

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