terça-feira, 25 de maio de 2010



 

Mimetismo

Tiro  mangas da manga
Miragens daquilo que pulsa
Da mesa empoeirada, o pó
Uma mão na roda
E a cabeça  roda
Pó, pó
Manga, manga
Roda, roda
Eu, Você
Tudo  consumindo-se
E a palavra nós, sumindo
Acho  que jamais entenderias
Quem eu não tive forças para ser
Amor e psiquê
É  perfume barato...

Ricardo Villa Verde

quarta-feira, 12 de maio de 2010


De ápices e Vertices

O auge
Que bom quando ele surge
Mas quando saber se é mesmo o auge?
E se depois dele vir outro ápice?
E se alguém aproximar-se
Dizendo: “Voce é minha vértice!”?
Será que essa pessoa profere falácias?
Ou procura o auge na essência de remédios
Que não vendem em farmácias?
Auge após auge
Acabamos por perder o lance mágico
E o ponto culminante as vezes é trágico
Entretanto, o verdadeiro auge
É sereno, mas ruge
Como um leão sem centelha
Em contramão na linha vermelha
Num dia vermelho
Onde o amanhã será um espelho
Refletindo a alegria
De ter o auge todo dia.

Ricardo Villa Verde

MARGINAIS & MALDITOS

Poetas são marginais dentro da arte
incendeiam palavras e bocas
 todos os sentidos consumidos
pelos desejos dos seus versos.
Poetas são anjos malditos
que sangram as verdades pálidas
 aquelas expostas nas vitrines
do dia a dia sem vida.
Poetas não pensam no paraíso
 preferem as flores do mal
poetas molham as suas palavras
no vinho e na orgia do viver.
Poetas são marginais
poetas são anjos malditos
são vagabundos iluminados
pela conta-mão da humanidade!
 
Tubarão 

quarta-feira, 5 de maio de 2010


Entrega

Sai da frente
Não me compromete
Não me afronte
Que hoje eu tô a frete

Ricardo Villa Verde e Sara Mazuco