terça-feira, 25 de junho de 2013


BLOCO MANIFESTAÇÃO
Por Tubarão.

Ato I
Despertar

Egito, Líbia,
Síria, Turquia,
Até o Brasil
Desperta um dia.

Ato II
No olho do furacão

Indo direto e de peito aberto
Ao olho do furacão
Sem medo de entrar na roda
Desse mundo cão

Sem olhos vendados
Em campo minado
Tomo cuidados
E vou sossegado

Eu sou mais um
Disposto a somar
O inimigo é comum
Em todo lugar

Não importa qual seja
A motivação
Todo mundo tem sua dose
De insatisfação

No calor da rua
O poder do povo é a união
Voz de quem aprende e cresce
Ao dizer NÃO!

Ato III
Sonhos pequenos não mudam o mundo

Sonhos pequenos não mudam o mundo
A mudança vem através dos ventos
Ventos que sopram esperança
Configurando ações e pensamentos.

Ato IV
 O diário de um morto (Fragmento)

Se nada neste mundo vale a pena
Por isso mesmo nada vale
O meu silêncio

A omissão só reflete uma morte diária.

Ato V
 Manifestante

Não sou partido
Partido nenhum sou
Sou inteiro, sou completo
E o meu coração é repleto
De sonhos e esperanças
Vejo sujeiras
Quero mudanças
E minha voz
Não está sozinha
Ao lado da multidão
Minha indignação
Caminha.

Ato VI
 Nas ruas tomadas

A classe dominante estremeceu
Nas ruas tomadas
O povo se mexeu

Aos abusos e corrupção
Nas ruas tomadas
O povo disse NÃO!

E agora governantes?
Nas ruas tomadas
Nada será como antes

É um momento de glória
Nas ruas tomadas
O povo faz História!


E segue aqui o link do vídeo de Cazuza cantando Brasil:

segunda-feira, 10 de junho de 2013



Trilogia A MORTE RONDA OS PASSOS DE TODOS NÓS.

I
TERMINAL

Para onde vamos
Depois do fim?
Será que tudo
Acaba assim?

Fechar os olhos
E nunca mais abrir
Em um sono eterno
Sempre dormir

Será um sonho apenas
Todos os feitos dessa vida?
E a luz que se apaga
Para sempre está perdida?

São momentos como esse
De profunda reflexão
Que às vezes procuro respostas
Até na palma da mão

Será que a vida é só
Uma grande paixão?
E para nós tudo termina
Em um simples caixão?

Perguntas coladas
Em um vento frio
Que buscam respostas
Para o nosso vazio

Eu penso nos vermes
Em nossa carne se alimentando
A cada dia que passa
Vejo este dia chegando

Haverá mesmo um fim
Para todos os questionamentos meus?
Terei uma hora marcada
Para me encontrar com Deus?

E haverá mesmo um paraíso
E um inferno?
Será que eu encontrarei o descanso
Ou o tormento eterno?

Será que eu fui
Bom o bastante?
Será que a paz está próxima
Ou distante?

Talvez eu só descubra
A suprema verdade
Quando eu atravessar
Os portões da eternidade

Por hora fico no silêncio
Coberto com meus pensamentos
Aprendendo a viver melhor
Todos os momentos

E quem sabe esquecer a morte
Mesmo que por apenas um segundo
Pode ter certeza
É a maior beleza do mundo.

Tubarão.

II
NA LUZ DAS ESTRELAS

Eu vejo o fantasma
Do meu futuro
A luz no fim
Do túnel escuro

Nada a lamentar
Nem a sustentar remorsos
Nada de sorte ou azar
Sobre meus ossos

Para trás deixo
Todas as minhas lembranças
De nada me queixo
Nessas andanças

Levo comigo apenas
A roupa do corpo
Na luz das estrelas
Encontro conforto.

Tubarão.

III
OS ANJOS NEGROS

Lágrimas não mudam
A minha sorte
Nem freiam o trem
Da morte

Palavras não explicam
Tudo que precisam
Os anjos negros
Aterrissam

O corpo é matéria
Que apodrece
A morte é a única certeza
Que permanece

Palavras não explicam
Tudo que precisam
Os anjos negros
Aterrissam

Flores confortam
A dor da despedida
Em silêncio atravesso
O véu da vida...

Tubarão.