segunda-feira, 10 de junho de 2013



Trilogia A MORTE RONDA OS PASSOS DE TODOS NÓS.

I
TERMINAL

Para onde vamos
Depois do fim?
Será que tudo
Acaba assim?

Fechar os olhos
E nunca mais abrir
Em um sono eterno
Sempre dormir

Será um sonho apenas
Todos os feitos dessa vida?
E a luz que se apaga
Para sempre está perdida?

São momentos como esse
De profunda reflexão
Que às vezes procuro respostas
Até na palma da mão

Será que a vida é só
Uma grande paixão?
E para nós tudo termina
Em um simples caixão?

Perguntas coladas
Em um vento frio
Que buscam respostas
Para o nosso vazio

Eu penso nos vermes
Em nossa carne se alimentando
A cada dia que passa
Vejo este dia chegando

Haverá mesmo um fim
Para todos os questionamentos meus?
Terei uma hora marcada
Para me encontrar com Deus?

E haverá mesmo um paraíso
E um inferno?
Será que eu encontrarei o descanso
Ou o tormento eterno?

Será que eu fui
Bom o bastante?
Será que a paz está próxima
Ou distante?

Talvez eu só descubra
A suprema verdade
Quando eu atravessar
Os portões da eternidade

Por hora fico no silêncio
Coberto com meus pensamentos
Aprendendo a viver melhor
Todos os momentos

E quem sabe esquecer a morte
Mesmo que por apenas um segundo
Pode ter certeza
É a maior beleza do mundo.

Tubarão.

II
NA LUZ DAS ESTRELAS

Eu vejo o fantasma
Do meu futuro
A luz no fim
Do túnel escuro

Nada a lamentar
Nem a sustentar remorsos
Nada de sorte ou azar
Sobre meus ossos

Para trás deixo
Todas as minhas lembranças
De nada me queixo
Nessas andanças

Levo comigo apenas
A roupa do corpo
Na luz das estrelas
Encontro conforto.

Tubarão.

III
OS ANJOS NEGROS

Lágrimas não mudam
A minha sorte
Nem freiam o trem
Da morte

Palavras não explicam
Tudo que precisam
Os anjos negros
Aterrissam

O corpo é matéria
Que apodrece
A morte é a única certeza
Que permanece

Palavras não explicam
Tudo que precisam
Os anjos negros
Aterrissam

Flores confortam
A dor da despedida
Em silêncio atravesso
O véu da vida...

Tubarão.

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