Grupo de poetas da cidade de Duque de Caxias. O corpo compulsor é formado por Ricardo Villa Verde, Gordack e Tubarão; que lançam sempre no final de cada mês uma publicação de seus poemas. O folheto possui um teor variado como contemporaneidade, marginalidade, lisergia, underground, passionalismo e tantos outros de "funder" a cuca.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Mariazinha
Cadê a roupa que não tá na minha boca?
Cadê a boca que já mudou de lugar?
Não vi Carlinhos, acho que ele surtou
A Dona Creuza até tentou me enganar
Virei na esquina de uma rua muito louca
Achei no chão a roupa que é pra tu trajar
Se é amor, eu prefiro te deixar solta
Para que ninguém possa mal de ti falar
E quando com outros, você passa por mim
Baixo a cabeça e finjo que não lhe conheço
Mas minha vontade é de querer te incendiar
Ricardo Villa Verde
PARTE VIVA
O que respiro do futuro
é tão sujo que me polui
não quero pertencer ao seleto clube
por favor, me exclui
Sempre fui das ruas, sujo como um rato
nunca comprei nada com minha alma
e jamais seria tão barato
Meu coração é um fogo selvagem
que não se deixa dominar
meu espírito é um grito
que nunca vai silenciar
Vomito em velhos costumes
Provoco terror a quem oprime
sou a mensagem sorrateira
que provoca ferrugem no regime
Quem quiser me conhecer
precisa sentir o teor da minha voz
porque as minhas palavras nascem
da necessidade de nunca estarmos sós
Sou parte viva de um corpo
que precisa ser acordado
Nunca confunda sonhos com ilusões
ou permanecerá escravizado.
Tubarão
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Por um dia de ócio
Tudo o que quero
É um dia de ócio
Um dia desligado na tomada
Não fazer nada
E nem ter pensamento
Dentro
Da minha cabeça
Sussurrando idéias
Tudo o que quero
É o sossego do silêncio
Travesseiro da tranquilidade
Corpo deitado na cama
Do desapego
Confortavelmente coberto
Pelo ócio absoluto!
Tubarão
segunda-feira, 5 de abril de 2010
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