quarta-feira, 9 de outubro de 2013


BLOOD ROCKER

My heart is pure energy
I have fire in my eyes
My fist is hard like a stone
I burn the skies

I’m rebel, rebel like a demon
I’m young, young like a dream
I’m wild, wild like a lover
Because my blood is rocker

My mind is a solid universe
I have the spirit of fight
My power makes me free
I live in the night

I’m rebel, rebel like a demon
I’m young, young like a dream
I’m wild, wild like a lover
Because my blood is rocker!


Tubarão.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013


ERA DOS DESENCONTROS (NAUFRÁGIO)

Mas que Era mais estranha
Onde se perde mais
Do que se ganha
O mundo gira
E nós ficamos tontos
Nessa Era de vazios
E desencontros
E no transe desta terra
Que nunca desperta
Por mais que se conecta
Menos a gente acerta
E nunca detecta
Que no grande varejão de informações
Sobram arquivos
E faltam corações
Tudo aqui anda muito rápido
E distante
E tudo é muito frio
E vacilante
Tudo se perde em apenas
Um instante
Somos derivados à deriva
Navegando neste rio
Compulsivo e ágil
Onde tudo termina
Nesta sina
De naufrágio.


Tubarão.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013


TATTOO É ARTE

Meu corpo pode ser
Como uma tela pra pintar
Me tatuando por prazer
Escolho o desenho que gostar

Eu sei que existe o preconceito
Das mentes atrasadas
Que dizem que tattoo não é direito
E que não leva a nada

Pode ser que ninguém seja perfeito
Mas a arte é sempre criticada
Condenam a tatuagem e não explicam o por quê
Filhas da puta, vão se fuder

Porque se Picasso, Da Vinci
Ou Salvador Dali
Um tattoo tivessem feito
Aí, com certeza, não haveria tanto preconceito

O corpo é meu
A vida é minha
Tattoo é arte
Se eu quiser
Me tatuo
Em toda parte!

Tubarão.

OBS: Este poema, na verdade era uma letra da banda LEPTOSPNOISE, que eu tinha com Ricardo Villa Verde, André Belfi, Henrique e Márcio Rex, entre 1996 e 1997.

Aqui vai o link do LEPTOSPNOISE com as músicas das duas demo tapes que estão disponíveis no Myspace:

https://myspace.com/leptospnoise/music/songs

 POETAPHOBIA

Eu tenho medo de poetas
Porque a maioria dos poetas
Tornam a poesia chata
E espantam pessoas
Com a sua pretensão
Barata

Eu tenho medo de poetas
Porque alguns poetas
Pensam que vivem
No século dezenove
E se perdem em uma linguagem
Que não me comove

Pobres poetas que pensam
Ser poetas
Eles não conseguem ver
E não conseguem entender
Que poesia é alma e verdade
Poesia é o reflexo da realidade
É o sangue e a paixão
Da atualidade

Por isso, eu tenho medo de poetas
Fujo de poetas
E fujo de qualquer tipo
De envolvimento
Eu entendo que poesia e vida
Unem-se em constante
Movimento!


Tubarão.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013


AMIGO

Amigo, a tua lábia
É de serpente
A felicidade alheia
Não te faz contente

Amigo, o teu coração
É cheio de veneno
A inveja ilumina o seu mundo
Bem pequeno

Amigo, se por você
Eu botasse a mão no fogo
Me queimaria e seria
Mais um infeliz no jogo

Amigo, você vacila
E não dá importância
Quem caga e não limpa
Quero distância

Amigo, você não é amigo
Nem de mim, nem de ninguém
Quem vive longe de você
Vive muito bem

Amigo, nesta vida
Nada mais tenho para te dizer
Porque um amigo como você
Eu nunca fiz questão de ter!


Tubarão.

terça-feira, 25 de junho de 2013


BLOCO MANIFESTAÇÃO
Por Tubarão.

Ato I
Despertar

Egito, Líbia,
Síria, Turquia,
Até o Brasil
Desperta um dia.

Ato II
No olho do furacão

Indo direto e de peito aberto
Ao olho do furacão
Sem medo de entrar na roda
Desse mundo cão

Sem olhos vendados
Em campo minado
Tomo cuidados
E vou sossegado

Eu sou mais um
Disposto a somar
O inimigo é comum
Em todo lugar

Não importa qual seja
A motivação
Todo mundo tem sua dose
De insatisfação

No calor da rua
O poder do povo é a união
Voz de quem aprende e cresce
Ao dizer NÃO!

Ato III
Sonhos pequenos não mudam o mundo

Sonhos pequenos não mudam o mundo
A mudança vem através dos ventos
Ventos que sopram esperança
Configurando ações e pensamentos.

Ato IV
 O diário de um morto (Fragmento)

Se nada neste mundo vale a pena
Por isso mesmo nada vale
O meu silêncio

A omissão só reflete uma morte diária.

Ato V
 Manifestante

Não sou partido
Partido nenhum sou
Sou inteiro, sou completo
E o meu coração é repleto
De sonhos e esperanças
Vejo sujeiras
Quero mudanças
E minha voz
Não está sozinha
Ao lado da multidão
Minha indignação
Caminha.

Ato VI
 Nas ruas tomadas

A classe dominante estremeceu
Nas ruas tomadas
O povo se mexeu

Aos abusos e corrupção
Nas ruas tomadas
O povo disse NÃO!

E agora governantes?
Nas ruas tomadas
Nada será como antes

É um momento de glória
Nas ruas tomadas
O povo faz História!


E segue aqui o link do vídeo de Cazuza cantando Brasil:

segunda-feira, 10 de junho de 2013



Trilogia A MORTE RONDA OS PASSOS DE TODOS NÓS.

I
TERMINAL

Para onde vamos
Depois do fim?
Será que tudo
Acaba assim?

Fechar os olhos
E nunca mais abrir
Em um sono eterno
Sempre dormir

Será um sonho apenas
Todos os feitos dessa vida?
E a luz que se apaga
Para sempre está perdida?

São momentos como esse
De profunda reflexão
Que às vezes procuro respostas
Até na palma da mão

Será que a vida é só
Uma grande paixão?
E para nós tudo termina
Em um simples caixão?

Perguntas coladas
Em um vento frio
Que buscam respostas
Para o nosso vazio

Eu penso nos vermes
Em nossa carne se alimentando
A cada dia que passa
Vejo este dia chegando

Haverá mesmo um fim
Para todos os questionamentos meus?
Terei uma hora marcada
Para me encontrar com Deus?

E haverá mesmo um paraíso
E um inferno?
Será que eu encontrarei o descanso
Ou o tormento eterno?

Será que eu fui
Bom o bastante?
Será que a paz está próxima
Ou distante?

Talvez eu só descubra
A suprema verdade
Quando eu atravessar
Os portões da eternidade

Por hora fico no silêncio
Coberto com meus pensamentos
Aprendendo a viver melhor
Todos os momentos

E quem sabe esquecer a morte
Mesmo que por apenas um segundo
Pode ter certeza
É a maior beleza do mundo.

Tubarão.

II
NA LUZ DAS ESTRELAS

Eu vejo o fantasma
Do meu futuro
A luz no fim
Do túnel escuro

Nada a lamentar
Nem a sustentar remorsos
Nada de sorte ou azar
Sobre meus ossos

Para trás deixo
Todas as minhas lembranças
De nada me queixo
Nessas andanças

Levo comigo apenas
A roupa do corpo
Na luz das estrelas
Encontro conforto.

Tubarão.

III
OS ANJOS NEGROS

Lágrimas não mudam
A minha sorte
Nem freiam o trem
Da morte

Palavras não explicam
Tudo que precisam
Os anjos negros
Aterrissam

O corpo é matéria
Que apodrece
A morte é a única certeza
Que permanece

Palavras não explicam
Tudo que precisam
Os anjos negros
Aterrissam

Flores confortam
A dor da despedida
Em silêncio atravesso
O véu da vida...

Tubarão.

terça-feira, 14 de maio de 2013



VIDA DE RODOVIÁRIO

Eu tenho colega
Que antes do sol nascer
No batente já pega
E segue em frente
Dia inteiro a rodar
Se preciso for
No fim do expediente
Mesmo cansado vai dobrar
De manhã começa cedo
Trânsito engarrafado
Não é segredo
Trabalhador chega
No emprego atrasado
Se o passageiro quer alguma informação
Com educação pede um favor
Ao motorista ou ao cobrador
Que sabendo vai dizer
O lugar certo de descer
No trânsito o olho aberto
Presta muita atenção
Muita gente dirige carro de passeio
Sem nenhuma condição
Se o tempo está ruim
E o dia é chuvoso
A viagem é devagar
Pois o asfalto molhado é perigoso
Mas tem motorista que todo dia se arrasta
O seu trabalho é lentão
E com bom humor seus colegas o chamam
De deitão
A minha pegada é mais tarde
Trabalhar de dia
Não me dá saudade
Faço carro de horário
Qualquer informação
Eu também respondo
Minhas viagens começam
Quando o sol já vai se pondo
Comigo passageiro não fica a pé
E nem esperando
Em cada ponto que eu passo
Passageiro vou pegando
Se o trânsito está parado
Isso nem sempre me atrapalha
Sempre que dá, corto caminho
Faço uma bandalha
O trabalho parece diversão
Mas nem todo mundo segura a onda
Quando o horário está atrasado
Mandam a gente na redonda
Sem tempo para a água,
Lanche ou banheiro
Tem dias que é assim
O dia inteiro
O que parece ser tão fácil
Na verdade é difícil
Quem tá de fora muitas vezes
Não vê o nosso sacrifício
E se durante o trabalho
O nosso carro for avariado
Pode ter certeza que o motorista
É descontado
Já no caso de assalto
É o cobrador coitado
Quem paga na empresa
O que for roubado
Isso é o tipo de coisa
Que acontecer não poderia
O que fazem ao rodoviário
É muita covardia
Eu trabalho, eu me canso
Como qualquer outra pessoa
Mas já tá na hora, vou embora
Vou buscar a boa
Essa é a vida,
Vida de rodoviário
Vida de trabalhador
Um vai e vem diário
Seja no frio ou no calor
Correndo para fazer horário
Só quem conhece dá valor
À vida do rodoviário.

Tubarão.



SEXOLOSOFANDO (ou UMA RAPIDINHA)

Um pouco pra baixo
Um pouco pra cima
Aí encaixo
E faço a rima.


Tubarão.

quinta-feira, 25 de abril de 2013



EU FALO DE AMOR

Eu falo de amor
Nesse carinho que eu te dou
Rimando amor e Rock and Roll
Em tudo que eu faço
Eu falo de amor
Seja em um beijo ou abraço
Eu falo de amor
No prazer que eu sinto
Pela sua companhia
Ou no beijo de bom dia
Eu falo de amor
Eu falo de amor
E algumas vezes eu nem reparo
Mas eu falo de amor
Até no café que eu te preparo
Eu falo de amor
Quando jogamos nos cavalos
Eu falo de amor
Quando escutamos Roberto Carlos
Eu falo de amor
E não me canso de falar
Eu falo de amor
Até mesmo pelo olhar
Eu falo de amor
Em um telefonema
Ou imaginação
Eu falo de amor
Em um poema
Ou canção
Mas eu falo de amor
A todo momento
Porque você vive
Em meu pensamento!

Tubarão.

quarta-feira, 24 de abril de 2013



O MUNDO ACABOU

 Hoje você não vai ver
As cores de um novo dia
O mundo acabou
Enquanto você dormia

Pode ficar na cama
E voltar a dormir
Hoje não tem mais nenhum lugar
Para onde você ir

Hoje o mundo acabou
E não vai passar na televisão
Nada mais sobrou
Tudo foi em vão

O homem fez o que fez
Nunca parou para pensar
Grande foi a sua estupidez
Maior foi o seu azar

O mundo acabou
Você não precisa mais ir ao trabalho
Faça o que bem quiser
Já foi tudo pro caralho!


Tubarão.



quarta-feira, 17 de abril de 2013



POEMA PERFEITO

Existe um poema
Que sempre guardo no peito
Porque é um poema tão perfeito
Que o guardo como um grande Ás
Mas o poema preso assim
Não se satisfaz
Porque poema nenhum
Quer viver dentro
De um cativeiro fundo,
Todo poema nasce para ganhar
O mundo
E o poeta por mais coruja que seja
Não pode se prender ao egoísmo,
Querer prender o poema
É como jogar sonhos
Ao abismo
Por isso, vou deixar o poema sair
E fazer a sua vontade
Que ele ganhe agora
Os céus da liberdade!

Tubarão.

terça-feira, 16 de abril de 2013



SEM AMOR...

Sem amor
Quem é feliz?
Por aí
Muito se diz
Mas sem amor
Quem é feliz?

Viver sem amor
É viver só pela metade
A solidão é um fantasma
Espanta a felicidade

E não adianta
Querer viver a mil
O que ficará depois?
A receita é bem antiga
Bom mesmo
É viver a dois

De noite na cama
Eu me esquento em você
O amor é fogo
Que nunca deixa de aquecer

Não condeno quem insiste
Em se fazer de cego
Mas ao amor eu pergunto
E me entrego

Sem amor
Quem é feliz?
Por aí
Muito se diz
Mas sem amor
Quem é feliz?

Tubarão.

segunda-feira, 15 de abril de 2013



AMIGO SUMIDO
Para Nelsinho Pacheco

Amigo sumido
Quando quiser apareça
Mas venha inteiro
Dos pés à cabeça

Venha
E fique à vontade
E se quiser,
Pode matar a saudade!

Tubarão.

quinta-feira, 14 de março de 2013



ROCK DO ARARUAMA

Alagados no Parque
Araruama
Era água de esgoto
E lama
Alagados no Parque
Araruama
Era eu e meu amor
Alagados no Parque
Araruama
Transbordava mijo de rato
E cocô

Você paga o seu imposto
O seu IPTU
Quando precisa é desgosto
Você toma no cu

E o prefeito
É um perfeito sacana
Está satisfeito
Com a nossa grana

Ô São João
Me tira daqui
De São João
De Meriti

Ô São João
Me tira daqui
De São João
De Meriti!

Tubarão.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013



POEMA PENETRA

O poema
Você não pensa
Ele entra na sua vida
Sem pedir licença.

Tubarão.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013




PEQUENAS HISTÓRIAS DE TERROR (ou O SILÊNCIO DOS INOCENTES)

Onde habita o silêncio
Onde jamais descansa a dor
Palavras caladas
Enterradas em lágrimas
E o vento soprando
As cinzas do amanhã
Os dias mortos
As horas que não cicatrizam
São as lápides frias
Deste último abraço
O adeus silencioso
Frio como o orvalho
A história não contada
De tantos sonhos roubados
Os fantasmas já foram
A música morreu
Parece outono
Com tons eternos
E a maldade sempre pode
Ser superada
Assim caminha a humanidade
Temperada
Em requintes de crueldade
E hoje em dia
Por mais absurdo que seja
Ninguém se assombra mais
Com pequenas histórias
De terror.

Tubarão.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013



SE DEUS NÃO ESCREVE EM LINHA RETA...

Se Deus não escreve
Em linha reta
Imagina como escreve
O poeta.

Tubarão.



UM POEMA PARA BRENDA

Nos gestos
Nas palavras
No dia a dia
Sua companhia

Nas vinte quatro horas
Que tem o dia
O nosso amor
Faz poesia!

Tubarão.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013



POC

Em tudo o que vejo
Ouço ou desejo
O verso vem agarrado
Feito beijo roubado

Passa o poema
Que grita na minha cabeça
O poema agita
De forma travessa

São palavras que saem
Elas caem, nem preciso dizer
É um vício ou feitiço
Mestiço prazer

É uma obsessão
Algum tipo de TOC
Versos em contramão
Um novo tipo de Rock

É uma estranha mania
Que permanece viva
Ela cresce a cada dia
Poesia Obsessiva Compulsiva
Poesia Obsessiva Compulsiva
Poesia Obsessiva Compulsiva
Poesia Obsessiva Compulsiva!

Tubarão.