quarta-feira, 4 de setembro de 2013


ERA DOS DESENCONTROS (NAUFRÁGIO)

Mas que Era mais estranha
Onde se perde mais
Do que se ganha
O mundo gira
E nós ficamos tontos
Nessa Era de vazios
E desencontros
E no transe desta terra
Que nunca desperta
Por mais que se conecta
Menos a gente acerta
E nunca detecta
Que no grande varejão de informações
Sobram arquivos
E faltam corações
Tudo aqui anda muito rápido
E distante
E tudo é muito frio
E vacilante
Tudo se perde em apenas
Um instante
Somos derivados à deriva
Navegando neste rio
Compulsivo e ágil
Onde tudo termina
Nesta sina
De naufrágio.


Tubarão.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013


TATTOO É ARTE

Meu corpo pode ser
Como uma tela pra pintar
Me tatuando por prazer
Escolho o desenho que gostar

Eu sei que existe o preconceito
Das mentes atrasadas
Que dizem que tattoo não é direito
E que não leva a nada

Pode ser que ninguém seja perfeito
Mas a arte é sempre criticada
Condenam a tatuagem e não explicam o por quê
Filhas da puta, vão se fuder

Porque se Picasso, Da Vinci
Ou Salvador Dali
Um tattoo tivessem feito
Aí, com certeza, não haveria tanto preconceito

O corpo é meu
A vida é minha
Tattoo é arte
Se eu quiser
Me tatuo
Em toda parte!

Tubarão.

OBS: Este poema, na verdade era uma letra da banda LEPTOSPNOISE, que eu tinha com Ricardo Villa Verde, André Belfi, Henrique e Márcio Rex, entre 1996 e 1997.

Aqui vai o link do LEPTOSPNOISE com as músicas das duas demo tapes que estão disponíveis no Myspace:

https://myspace.com/leptospnoise/music/songs

 POETAPHOBIA

Eu tenho medo de poetas
Porque a maioria dos poetas
Tornam a poesia chata
E espantam pessoas
Com a sua pretensão
Barata

Eu tenho medo de poetas
Porque alguns poetas
Pensam que vivem
No século dezenove
E se perdem em uma linguagem
Que não me comove

Pobres poetas que pensam
Ser poetas
Eles não conseguem ver
E não conseguem entender
Que poesia é alma e verdade
Poesia é o reflexo da realidade
É o sangue e a paixão
Da atualidade

Por isso, eu tenho medo de poetas
Fujo de poetas
E fujo de qualquer tipo
De envolvimento
Eu entendo que poesia e vida
Unem-se em constante
Movimento!


Tubarão.