sábado, 15 de dezembro de 2012



Reverberação

     
Quando descanso em paz
É dentro do seu olhar

Gravura de minha imagem

Cristalizada na imaginação


Um arquétipo de minhas projeções pessoais

Onde a  maior distância faz o peso dobrar


Caminho com certa destreza

Carregando esse fardo imaterial


Lembrando daqueles crepúsculos vermelhos

Que tingiam nossa pele com um final de dia


O tom de nossas idéias, nem sempre parecidas

A força das palavras quase sempre enlouquecidas


Vidas tão inocentes, sem nos dar conta

Da Felicidade sem regras de espaço e tempo


A boca aberta, concordando

Beijando,gargalhando


Sintonia astral de simples olhares


Ressoando até hoje

Nas minhas melhores memórias



Ricardo Villa Verde

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