terça-feira, 16 de outubro de 2012




ANARKO POEMA
  
Pessoas não são
Sombras
Pessoas não são
O silêncio

Pessoas não são
Insetos
Pessoas não são
Pedras

E a vida não é
Estéril
E a vida não é
Inerte

E a vida é
O movimento
Que faz
Constante

Nenhum homem
É Deus
Deus é o alimento
Do medo

Nenhum homem
É livre
Livre de si mesmo
Sua prisão

Se teu espírito
Teu fogo
Se teu coração
Tua vontade

Vivem sufocados
Na submissão
Inconscientes da força
Silenciada

Força que dividida
É nada
Força ignorada
É nada

O nada é a permanência
Do que está
Completamente vazio
E não resolvido

Não faça orações
Elas não tornam
O solo menos árido
Nem te mata a fome

Não faça orações
Porque elas se perdem
Como pétalas abandonadas
À sorte do vento

Se for luz que procura
Procure nos livros
Que falam da vida
E da realidade sólida

Procure no rosto de cada pessoa
O reflexo de sua existência
Descubra a dor que não é única
Mas sim, coletiva

Desperte a indagação
Liberte todos os porquês
Procure respostas
Derrubando fortalezas

Descubra que a ordem imposta
É um pilar falso
Que não sustenta nem o menor
Dos teus anseios

E assim, rompendo correntes
E dilacerando o medo opressor
Gritando verdades cheias de vida
O caminho se faz presente

E as nuvens negras da vilania
Que por séculos castigaram gerações
Poderão ser finalmente expulsas do céu
E poderemos desfrutar da grandeza do sol!

Tubarão.

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