segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010


O último dia

A mais perfeita verdade era mentira
Era onde eu me sentia mais a vontade
Eu quis usar tudo que tinha
Mas foi muito pouco
As horas passam em meu pensamento
Sem ter o formato de horas
Então a tarde eu sento
Esperando a noite chegar
Rodando como um esmeril
Que vai afiando o que não quero sentir
Vejo uma tsunami negra
Que vem com toda sua monstruosidade
Tentando atingir os conceitos que criei
Na fúria desse momento
Meus pés passam a tocar
O que não tinha fundo
Me torno um simples refém
Do meu tesouro perdido
Que uma chama perfeita
Acaba de consumir

Ricardo Villa Verde

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