sábado, 20 de fevereiro de 2010


Azulejos

Tal qual deva ser minha loucura
Tem traço de mista candura
Emoldura sua parede fria, muda, nua
Muda a parede, em moldura mista e louca
Estendendo as horas, calando sua voz rouca
Dizer o "quê"? se não há quem ouça.

Sara Mazuco, Nelsinho Pacheco, Gordack, Eldemar de Souza e Ricardo Villa Verde

2 comentários:

  1. Embarcar em algumas viagens só vale a pena quando se olha pros assentos e os vê ocupados por "maravilhosos loucos geniais".
    Essa "equipe" é duca!! E os pequenos poemas cristalizam os dias de imensa alegria que estou com vocês, dias onde encontro comigo!
    Ricardo Villa Verde

    ResponderExcluir
  2. Gostei muito! Aprecio a repetição de palavras com sentidos diferentes dentro do poema. Faço isso bastante nos meus também.

    A voz rouca
    ecoa
    da
    inevitável
    disfonia
    do meu
    atrevimento...
    acaricia
    a parede
    que você
    tão
    áci-duo-arma-mente
    construiu.

    Ou porventura
    serás
    a parede,
    e eu
    preten-cio-sã-mente
    de repente
    o azulejo?

    Saindo do forno, especialmente pra ti!
    Beijos

    Samantha

    ResponderExcluir