quarta-feira, 13 de janeiro de 2010




Ainda sinto o seu cheiro

  Nosso primeiro encontro foi ao acaso, dentro de um local comum, meio inusitado.
Você queria o outro e eu entrei na frente, demorou um pouco, mas então rolou, entretanto aceitou descontente.  Do primeiro veio o segundo beijo, depois o terceiro e então o estremeço, adiante surgiu o quarto e o desejo. Nada mais poderia mudar o passado e o futuro estava sendo escrito, neste momento muito mais amadurecido, fugi do que entendi como martírio. Você chorou, te fiz sofrer. Odiou-me. Quis me matar.
A amargura que invade o meu peito é o arrependimento que agora sinto em meu leito.
Um outro apareceu na sua estrada, um fruto foi providenciado, agora sofria nua e calada na esperança do reencontro do amado.
O tempo passou e o amor se transformou.
 O que antes era bom, com o renegar de tão importante paixão, foi inevitável crescer mais do que rápido na linda flor desabrochada, o ódio que mudou o seu coração.  Mas chegou antes tarde do que nunca, como uma tempestade muda, o reencontro que resultou pratos sujos, desculpas pedidas e aceitas, risos conjugados, abraços apertados, beijos molhados e finalmente, o sexo aconteceu.  Um dos melhores de todos os tempos, as repetições se estenderam durante um longo tempo, porém apenas amantes. Não poderíamos mudar o que já estava escrito. Amigos nós nos tornamos consciente do que já fomos.  O tempo passa, um some às vezes e o outro também. Mas quando a saudade aperta é só pensar no deleito proporcionado, que as boas memórias trazem com carinho a magia do encontro inesperado, e nesse momento saímos de onde estamos e nos damos um ao outro. Onde quer que você esteja, eu te desejo o bem e a felicidade.
Um beijo.

Gordack

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