quinta-feira, 3 de setembro de 2009





 

Vinil:

O ultimo resquício do romantismo

 

 

O que devo aceitar como certo

É o desejo da verdade inegável,

É uma cura impossível em um corpo morto,

É o saborear uma vontade impalpável.

Alegrias é provável de se ter.

Agonias é fato conhecer.

Discuto o puro invisível cotidiano

Dentro dos cefálios Hermanos.

Poderei sair das artérias?

Conseguirei invadir as flores?

Maturar-me-ei tentando respirar?

Das ciganas quero distância;

Dos bruxos desejo conselhos;

Dos amores espero constância;

Dos temores, que fiquem no espelho.

O ouro e a prata de hoje

É o zinco no telhado.

A carne virou grão

E o vinho já se sabe.

Bonança não demore

Tempestade lhe aguarda.

 

Gordack

 

Um comentário:

  1. Gordack, para certos males não há cura...teu texto é magnífico, uma busca, uma procura, e mil palavras não caberiam aqui. Deixo-te uma frase.

    "Eu não tenho cura, sofro do mal de mim"

    Cassia Da Rovare

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