
Trópicos de Aquário
Cascatas de luz em espiral 
Com olhos de lagoa, ao chão 
Servidos de forma parcimonial 
Eu e o leão, a águia e o cão
Céu laranja, florestas equinociais 
Matas azuis, rasas e gigantes 
No carpete da sala de seus pais 
Monto ácaros, tal como elefantes
Um belo arco íris como clichê
Informo à lua que não estou mal 
Bebo a loucura em forma de saquê 
Retiro do sangue o gosto fatal 
Cena zero: Caindo no abismo 
Sem exclamação, ponto ou trema 
Mergulho no nada fazendo turismo 
Sem risco de estragar o poema
Ricardo Villa Verde
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