Pandemia
Na cabeça um nó
No horizonte
Um muro de
palavras em pó
Onde fugas
envelhecem as rugas
Onde as ruas
enobrecem as fugas
Onde tudo te sente
tão só
Numa expressão sem
liberdade
Que morde sua
língua
Pelos cantos da
cidade
Viaja Vazia
À míngua
Sua fé já não
prega
Sua face trafega
Em antenas
Transmitindo
apenas
Uma imagem
Sem brilho
Teoremas
Sem beijo
E mais do que aquilo
Que outrora era
seu
Ri das coisas
Que seu olho
Esqueceu
Ricardo Villa Verde
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