terça-feira, 25 de outubro de 2011


CENSURA MODERNA

Tem muita gente censurando
Sem perceber
Tem muita gente censurando
Não sabe o quê
Tem muita gente censurando
Sem ter por que
Tem muita gente censurando
Censurando você

Pessoas censurando, censurando
Nenhuma delas está pensando
Pessoas censurando, censurando
Nenhuma delas está analisando
Pessoas censurando, censurando
Deixando de lado o “X” da questão
Elas se esquecem da liberdade
De expressão

Elas alimentam a ignorância e a mágoa
Atiram a primeira pedra
Elas criam tempestade em copo d’água
Por qualquer merda
Elas estão fazendo o jogo sujo
Do pseudomoralismo
Elas estão caminhando cegas
Para dentro do abismo
Elas estão vivendo de inteligência artificial
Domesticadas pela sua existência superficial

“A censura, a censura
Única entidade que ninguém censura”
Mais!

Tubarão
(Com citação à música Censura da Plebe Rude).

terça-feira, 18 de outubro de 2011


ZÉ FUDIDO

Zé Fudido não tem amigo
Ele não tem dinheiro no bolso
Ele vive com a corda no pescoço
E com a fome na barriga
Zé Fudido não tem endereço
Ele paga o preço da vida
Zé Fudido não vota
Ele não se importa
Mentiras não salvam o mundo
Zé Fudido tem raiva no peito
E seu coração é vagabundo
Zé Fudido é sujo e agressivo
Escroto feito rato de esgoto
O desprezo é a sua religião
A sua alma se chama ódio
Fogo que ele nunca queima em vão!

Tubarão.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

 

Sete Dragões


Disfarça
Toma lenta e consciente
Teu copo de cicuta

Adormeces
Enquanto a dor não percebe

Sonha
Tua última vibração

Deixa entrar a alegria
Pela abertura de um sorriso

Entenda
São reais os disfarces
Para quem os usa

Imorais
Quando levam à cura

Ricardo Villa Verde

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

 

 A farsa de uma Maria qualquer

              
  “Atordoado eu permaneço atento
                   Na arquibancada pra a qualquer momento
     Ver emergir o monstro da lagoa”

                                                       Gilberto Gil e Chico Buarque 1973


A nova produção:
Contra-regra na  Globo
Tu vais ver o que é bom
Nós ríamos com Gil Vicente
Na praça de um novo Theatro
Acenda uma vela a  Deus
E outra a um pobre Diabo

Mais de 1000 kilowatts
Conhecemos sua língua

Achamos que um bagulho careta
                           Não merece nem ser aceso            Estribilho
Achamos que um bagulho careta
Não merece nem ser acendido

Conhecemos a língua
Coramos de vergonha
Com o seu preconceito
Ouça nossos conselhos
Mas não tem pagamento

Mais de 1000 kilowatts
Berrou num pau-de-arara

Nós ríamos com Gil Vicente
Do seu nariz de direita

Ricardo Villa Verde